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Erros Comuns No Uso De Enzimas E Dicas Práticas Para Evitá-los

Anna Fe Rose Perino

Female stands in poultry house with birds

Nos sistemas de produção avícola atuais, onde o controle de custos e o desempenho são prioridades, as enzimas para alimentação animal são indispensáveis. Elas são utilizadas para liberar mais nutrientes dos ingredientes, melhorar a digestibilidade e apoiar a saúde intestinal — tudo isso enquanto ajudam a gerenciar os custos de alimentação.

As estratégias enzimáticas têm maior sucesso quando são precisamente alinhadas à dieta, ao processamento e aos objetivos de desempenho. Ainda assim, nutricionistas em todo o mundo enfrentam erros comuns — mas evitáveis — na seleção, formulação e implementação de enzimas. Esses erros podem comprometer o desempenho das aves e corroer as economias esperadas sobre os custos de formulação da ração.

A seguir, analisamos os principais erros cometidos no uso de enzimas na nutrição de aves e estratégias recomendadas por especialistas para evitá-los:

  1. Ignorar a Especificidade do Substrato

Nem todas as enzimas atuam sobre todos os substratos. Por exemplo, a fitase atua sobre o ácido fítico, enquanto a xilanase degrada os arabinoxilanos presentes no trigo e na cevada. Usar a enzima errada para o perfil de ingredientes da dieta pode ter pouco ou nenhum efeito.

Dica prática: Entenda o conteúdo de substratos das matérias-primas e selecione enzimas com base nos polissacarídeos não amiláceos, ácido fítico ou proteínas presentes. Combinar a enzima correta ao substrato certo garante uma liberação ideal de nutrientes.

  1. Confiar em Valores de Matriz Superestimados

Os valores da matriz são essenciais para reformular dietas que refletem os nutrientes liberados pela ação enzimática. No entanto, superestimar esses valores pode causar subalimentação, especialmente em fósforo, energia e aminoácidos — resultando em menor ganho e eficiência alimentar comprometida.

Dica prática: Utilize valores de matriz validados e consistentes, respaldados por testes in vitro, in vivo e por desempenho acampo. Revise as premissas regularmente para garantir precisão com base na qualidade atual dos ingredientes e nas metas de produção.

  1. Dosagem Incorreta da Enzima

Doses muito baixas limitam a eficácia. Já doses excessivas nem sempre trazem benefícios adicionais e podem aumentar desnecessariamente os custos ou desequilibrar o perfil nutricional.

Dica prática: Siga as diretrizes de inclusão e ajuste a dosagem conforme a formulação da dieta, perfil regional de ingredientes e os resultados observados. A dosagem correta proporciona consistência sem formulações em excesso.

  1. Presumir que a Estabilidade Enzimática Garante a Eficácia

Um equívoco comum é acreditar que a recuperação da enzima após a peletização define sua eficácia in vivo. Isso simplifica demais o funcionamento das tecnologias enzimáticas dentro da ave.

Dica prática: Não se baseie apenas nos índices de recuperação pós-peletização para avaliar a eficácia. Por exemplo, algumas soluções de protease são termicamente estáveis e incluem bactérias formadoras de esporos, como Bacillus licheniformis, que germinam no intestino das aves. Essa dupla ação permite a entrega da protease e suporte probiótico mesmo após o processamento. O sucesso das enzimas deve ser medido pelo desempenho das aves, e não apenas por testes laboratoriais.

  1. Ignorar as Interações com a Saúde Intestinal

Algumas enzimas, como aquelas que degradam polissacarídeos não amiláceos (PNAs) e proteínas indigestíveis, ajudam a reduzir a viscosidade intestinal e melhoram a absorção de nutrientes. No entanto, seu uso isolado — sem considerar o programa global de saúde intestinal — pode limitar seus benefícios.

Dica prática: Integre o uso de enzimas com outras estratégias nutricionais, como microminerais, ácidos orgânicos, fitogênicos e pré/próbióticos. Quando bem formulados, esses aditivos atuam sinergicamente, promovendo melhor digestão, equilíbrio microbiano e absorção de nutrientes. Programas sinérgicos de nutrição geralmente superam abordagens isoladas.

  1. Não Reformular as Dietas

Se as enzimas estão liberando mais nutrientes da ração, essa contribuição deve ser refletida na formulação. Ignorar isso significa perder oportunidades de economia ou fornecer nutrientes em excesso, o que pode impactar negativamente o desempenho.

Dica prática: Reformule as dietas usando valores de matriz apropriados após a inclusão das enzimas. Assegure a consistência entre formulação, produção e entrega nutricional às aves.

  1. Inclusão Inconsistente da Enzima na Fábrica de Ração

A variabilidade na dosagem, mistura ou exposição a condições extremas pode comprometer a entrega uniforme da enzima. Isso resulta em desempenho inconsistente no lote e dificulta a resolução de problemas.

Dica prática: Trabalhe em estreita colaboração com operadores da fábrica para padronizar a aplicação de enzimas e monitorar a consistência entre os lotes. Use estratégias de pré-mistura ou ferramentas de controle de qualidade para garantir distribuição homogênea.

  1. Esperar que Enzimas Compensem Ingredientes de Baixa Qualidade

As enzimas melhoram a digestibilidade e o aproveitamento de nutrientes, mas não corrigem ingredientes contaminados com adulterantes, mofo, fungos ou aqueles com deficiências severas de nutrientes essenciais.

Dica prática: Use enzimas para extrair mais valor de ingredientes que tenham com qualidade moderada a boa, inclusive matérias-primas alternativas ou variáveis. As enzimas funcionam melhor quando associadas a uma base nutricional sólida e processos robustos de garantia de qualidade da ração.

Enzimas Inteligentes Exigem Nutrição Inteligente

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Anna Fe Rose Perino
Anna Fe Rose Perino 

A Sra. Perino trabalha com colegas na Ásia e em outros lugares para oferecer soluções nutricionais baseadas nas necessidades dos clientes e que também são relevantes para as tendências do mercado e os desafios do setor. Ela trabalha com os clientes para desenvolver soluções personalizadas que ajudam seus animais a atingir seu pleno potencial. Isso pode incluir oferecer insights sobre a formulação de rações, elaborar uma dieta ou consultar especialistas externos para ajudar a atender às necessidades do cliente.

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